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MONOGRAFIAS MAÇÔNICAS

pelo Ven.Irmão WILLIAM ALMEIDA DE CARVALHO 33


MARECHAL LUÍZ OSÓRIO E MARECHAL FLORIANO PEIXOTO


 

                    Academia Maçônica de Letras do Distrito Federal

Discurso de Posse na AMLDF

 

            Tomado de intenso júbilo tomo a palavra para agradecer as amáveis palavras de Mestre Ronaldo Poletti, Vice-Presidente do Supremo Tribunal de Justiça do GOB, e tecer algumas reflexões neste nosso ingresso nos jardins de Academos.

            Utilizando o lema do selo do GOB – Novae sed Antiqvae – que significa que a maçonaria aceita as inovações mas mantém as tradições vou dividir esta breve alocução em duas partes: uma tradicional e outra moderna. Na tradicional falarei sobre os nossos patronos e na moderna tecerei algumas considerações sobre a crise que nos atinge.

            Temos hoje como patronos dois ilustres estadistas brasileiros: um do Império, o Marechal Luís Osório, Marquês do Herval e outra da República, o Marechal Floriano Peixoto, o marechal de ferro consolidador da República nascente. 

I – Marechal Osório

            O Marechal Osório, filho de Manuel Luiz da Silva Borges e de Ana Joaquina Osório, nasceu na Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio no Rio Grande do Sul – hoje Osório, em 10 de maio de 1808, no mesmo ano, portanto, que desembarcava no Rio, o Príncipe Regente D. João e toda a Família Real Portuguesa.

            Osório nasceu cavalgando e peleando nos pagos do sul. Iniciado aos 14 anos nas lutas pela Independência por seu pai que era comandante do Regimento de Salto, senta “praça” oficialmente no Exército em 1823 com 15 anos de idade como voluntário na Legião de São Paulo. Distinguiu-se, pela bravura, em Sarandi e Ituzaingó na Guerra Cisplatina (1825-28). Lutou cavalheirescamente contra os rebeldes da Revolução Farroupilha (1835-45) comandada pelo maçom Bento Gonçalves. Por ter ingressado nesta ocasião no Partido Liberal era disputado tanto pelos governistas como pelos revolucionários. Casou-se em 15 de novembro de 1835 com D. Francisca Fagundes de Oliveira e desta união nasceram cinco rebentos: duas meninas e três rapazes. Combateu os revolucionários em Bagé, Caçapava e Porto Alegre, mas sua principal batalha foi na região do Herval em 3 de maio de 1838. Recebeu a condecoração do Cruzeiro do Sul um pouco antes da posse de Caxias como presidente da Província. A sua capacidade diplomática inata concorreu para o recebimento da Ordem da Rosa, no grau de oficial, em 1845 por sua atuação na paz da Revolução Farroupilha.

            Encerrada a Revolução, Osório participou das campanhas contra Oribe e Rosas, comandando o exército que invadiu o Uruguai em 1851 e a divisão que assegurou a vitória em Monte Casseros em 1852. Organizou em 1856 uma expedição para descobrir “ricos hervais” (erva mate) entre os rios Pindaí e Sebolati, derivando daí o seu cognome, dado pelos paraguaios, de “Leão Velho do Herval”. Deste episódio advém também a sua titulação nobiliárquica: Barão do Herval em 1866, Visconde em 1868 e Marquês em 1869.

            Participou da vida política em Jaguarão e Bagé e ao ser transferido para a região de São Borja sentiu o perigo representado pelo intenso armamento paraguaio. Promovido a Marechal de Campo em 1865 era o militar de maior prestígio no sul ao iniciar-se a Guerra do Paraguai. Nesta, seu maior feito foi a Batalha de Tuiuti que representa o início da ofensiva aliada. Participou ainda da marcha de flanco de Tuiucuê e das batalhas de Itororó e Avaí, onde foi gravemente ferido por bala no maxilar e mesmo ferido continuou na contenda até o final.

            Após a guerra, elegeu-se senador pelo Rio Grande do Sul e ocupou a Pasta da Guerra em 1878 até o seu falecimento que ocorreu em 4 de outubro de 1879 às 6:10 da manhã no Rio de Janeiro, em sua residência do Caminho do Mata Cavalo, já então denominada rua do Riachuelo. O prédio ainda existe e foi tombado pelo Patrimônio Histórico.

            Herói da Pátria, Ministro do Império, Patrono da Arma de Cavalaria do Exército Brasileiro, Diplomata e Político exímio, Osório foi também maçom tendo atingido os mais altos graus na hierarquia maçônica. Não se sabe quando Osório teria ingressado na maçonaria, contudo especula-se que isto teria ocorrido lá pelos idos de 1835 quando ainda era tenente. Em 1872 era membro ativo nº 169 da Loja Honra e Humanidade de Pelotas, cadastro nº 116 do GOB, sendo também na ocasião portador do grau 18 – Rosa Cruz. 

 II – Marechal Floriano

            O futuro Marechal Floriano Peixoto nasceu em 30 abril de 1839 em Ipioca no Estado de Alagoas. Fez seus estudos primários em Maceió e os preparatórios no Rio de Janeiro. Aos 18 anos ingressou numa brilhante carreira militar. Participou ativamente da Guerra do Paraguai, onde se distinguiu em diversos combates e batalhas: em abril de 1866 atravessou o Passo da Pátria em socorro a Osório, em maio participou de Tuiuti e depois das batalhas de Itororó, Villeta, Avaí, Lomas Valentinas e Angostura. Esteve em Peribebui, Tupiú, Taquara e Campo Grande. Os historiadores afirmam que sua ação foi importante no cerco a Solano Lopez em Cerro Corá, quando trouxe como troféu a manta do cavalo do ditador paraguaio, morto em ação. Dois anos depois do final da guerra, em 11 de maio de 1872, casou-se com Josina, filha de seu tio e pai adotivo, o Cel. José Vieira Pinto. Assim como Osório, filiou-se ao Partido Liberal e chegou a ser nomeado presidente do Mato Grosso, ficando no cargo até a subida do gabinete do conservador Cotegipe em 1885. Desde então já possuía notórias simpatias pela causa abolicionista. Promovido a Marechal de campo em 6 de junho de 1889, evitou que ocorresse derramamento de sangue quando da implantação da República. É conhecidíssimo o episódio quando o Visconde de Ouro Preto, chefe do último gabinete ministerial do Império, lhe ordenou que atirasse nos rebeldes republicanos. Como hesitasse, o ministro inquiriu-o afirmando que o mesmo fora feito no Paraguai sem hesitação: “As bocas de fogo no Paraguai, senhor ministro, eram inimigas; aquelas que Vossa Excelência está vendo são brasileiras”.

            O governo provisório confirmou-o no cargo de ajudante-general do Exército, uma espécie de vice-ministro e a 19 de abril de 1890 substituiu Benjamim Constant no cargo de ministro da Guerra. Participou da chapa de oposição ao Marechal Deodoro, liderada por Prudente de Morais, derrotando Wandenkolk e sendo eleito vice-presidente da República com o maior número de voto dos quatro, enquanto o Mal. Deodoro derrotava Prudente.

            Com a crise que culminou não só com a queda do Barão de Lucena, monarquista nomeado por Deodoro e a dissolução do Congresso, mas acabou levando à renúncia de Deodoro, Floriano assume a Presidência da República em 23 de novembro de 1891.

            Herdou um mar de instabilidade política e inflação galopante, Floriano enfrentou, com mão de ferro, revoltas e insubordinações, salvando a república e evitando uma cruenta guerra civil. Esmagou as revoltas das fortalezas de Lages e Santa Cruz, prendeu e reformou os 13 generais, liderados por Wandenkolk, que exigiam a sua renúncia e a eleição de um novo presidente. Nesta ocasião ficou conhecido com a alcunha de Marechal de Ferro.

            Para complicar ainda mais a situação já confusa, estoura a guerra civil no Rio Grande do Sul. Floriano opta por apoiar o “pica-pau” positivista Júlio de Castilhos e o ministério se divide, liderados pelo ministro da Marinha – Almirante Custódio de Melo – que, a 6 de setembro, a bordo do encouraçado Aquibadã tenta derrubar Floriano, atacando no dia seguinte Niterói e manda bombardear a cidade. Floriano sem os vasos de guerra, pois estava-se em plena revolta da Armada, manda comprar navios usados no exterior e reformá-los na Bahia. A Armada apelidou estes navios de “Esquadra de Papelão”.

            Saldanha da Gama assume o comando das forças rebeldes na baía de Guanabara e Custódio desce para Santa Catarina com parte da Armada, unindo-se aos “maragatos” que tinham transformado Desterro (hoje Florianópolis em honra a Floriano) na sede do novo governo provisório da República. Estávamos no início de uma guerra civil e o Rio de Janeiro era uma verdadeira colmeia em reboliço. Outro fato importante na vida de Floriano foi a tentativa de um cônsul de nação estrangeira que anunciou que os marinheiros de seu país iriam desembarcar para proteger os seus compatriotas e perguntou a Floriano como seriam recebidos: a resposta foi seca e no feitio do Marechal de Ferro – À bala!

            Com a chegada da Esquadra de Papelão a sorte da contenda foi decidida e os rebeldes se refugiaram nos navios estrangeiros ancorados no Rio e Saldanha da Gama se exilou num navio português. No sul, a luta prosseguia, o Paraná foi recuperado, Santa Catarina ocupada e Custódio de Melo exilou-se na Argentina. Com a morte do líder dos “maragatos” - Gumercindo Saraiva - a revolta chegou ao fim.

            Floriano em 15 de novembro de 1894 passa a faixa presidencial ao seu sucessor Prudente de Morais.

            Floriano faleceu, menos de um ano depois, na Fazenda Paraíso, em Barra Mansa, às 17 horas do dia 29 de julho de 1895 com a saúde abalada e envelhecido precocemente pelos acontecimentos advindos da revolta da Armada. A Pátria o considera o Consolidador da República.

            Em termos maçônicos, a figura de Floriano gera controvérsias. Castellani no seu livro ‘Os maçons que Fizeram a História do Brasil’ afirma que “embora alguns autores insistam em afirmar o contrário, Floriano Peixoto foi maçom. Segundo o pesquisador João Alves da Silva (de Maceió – AL), o maior estudioso maçom do “Marechal de Ferro”, Floriano pertenceu à Loja “Perfeita Amizade Alagoana”, fundada em 1868, no qual seu tio, José Vieira de Araújo Peixoto, era, na época da fundação, o Secretário. Com o nome heróico de Alexandre Magno, Floriano foi iniciado, em 1875, nesta Loja”(pag.61).

            Já Kurt Prober, na sua ‘A Bigorna’ nº 61 de 20/out/1986, no item ‘O Marechal de Ferro, Pres. Floriano Peixoto não foi maçom’ relata que “não foi nenhum outro do que o Gr\M\Antônio Joaquim de Macedo Soares que, ao escrever em agosto de 1895 (Floriano tinha falecido em 29/06/1895) um artigo “A Paz”, publicado às páginas 201/203 no Boletim do Gr. Or. do Brasil, comentando um ‘Comunicado de 26/08/1895 do novo presidente-maçom – Prudente de Morais, no governo desde 15/11/1894 – tinha comentado a terminação da luta civil no Rio Grande do Sul, desencadeada em 1893, no governo do Vice-Presidente Floriano Peixoto, em exercício’.

            No aludido artigo o Gr\M\Macedo Soares, para dar a sua ‘puxada política’ como funcionário público sai-se com esta: ‘...A ninguém ha (sic) de ter esquecido quantos esforços empregou... O nosso saudoso Ir\Floriano Peixoto, o marechal de Bronze (?), etc... para pacificar o Rio Grande do Sul...’.

            Errou triplamente,... pois a luta civil começara em seu governo, por culpa sua, não foi ‘Floriano Peixoto’ maçom, e portanto não podia ser Ir\(Irmão da opa) e finalmente eu só conheço a expressão ‘Marechal de Ferro’, que até vem citada numa ‘Medalha’ popular, cunhada em fins de 1893...”(pag.3).

            Eis, portanto, a opinião de dois dos nossos mais ilustres maçonólogos divergindo fundamentalmente sobre a credencial maçônica ou não de nosso Marechal de Ferro. Trata-se, agora, de aprofundar as nossas pesquisas maçônicas para dirimir esta dúvida.

            Encerrando estes flashes biográficos de nossos patronos gostaríamos de tecer algumas reflexões sobre o papel da maçonaria brasileira nesta crise e no limiar do terceiro milênio.  

III – A Maçonaria no Limiar do IIIº Milênio 

            No limiar das comemorações dos 500 anos da descoberta do Brasil, vive-se um momento de reflexão sobre as nossas raízes e os desafios que a nação enfrentará no século XXI. Devemos aproveitar este ensejo para também refletir criticamente sobre os 200 anos do aportamento da maçonaria regular no Brasil e o seu desdobramento no terceiro milênio.

            As primeiras lojas surgem, no Brasil, no limiar do século XIX e passam a ter um papel fundamental não só na luta pela independência do nosso país, nas várias regências, como em todo o segundo reinado, culminando com a implantação da República, onde o ministério era todo maçom. A maçonaria deixou, pois, a sua marca indelével em todo o período monárquico e republicano da nação brasileira.

            Não ousaria dizer aos que não são maçons que por estas paredes passaram... mas ouso dizer com muito orgulho que por esta instituição passaram os IIr\ José Bonifácio de Andrada e Silva, D.Pedro I, que foram nossos primeiros grão-mestres, Américo de Campos, Alvarenga e Ranchinho, Alcindo Guanabara, Antônio Carlos de Andrada e Silva, Aristídes Lobo, Arruda Câmara, os Barões de Itamaracá, Jaceguai, Paranapiacaba, Macaúbas, Ramalho, Rio Branco e Triunfo, Benjamin Constant, Bento Gonçalves, Bernardino de Campos, Bispo Azeredo Coutinho, Campos Sales, Carlos Gomes, Castro Alves, Cipriano Barata, Deodoro da Fonseca, Padre Diogo Antônio Feijó, Duque de Caxias, Evaristo da Veiga, Evaristo de Morais, Francisco Glicério, Frei Sampaio, Frei Caneca, Silveira Martins, Hermes da Fonseca, Hipólito José da Costa, Serzedelo Correia, Jânio Quadros, Cônego Januário da Cunha Barbosa, Joaquim Gonçalves Ledo, Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, João Caetano, Júlio Mesquita, Júlio Ribeiro, Lauro Sodré, Mariano Procópio, Marqueses de Abrantes, de Paranaguá, Sapucaí, Maurício de Lacerda, Nilo Peçanha, Nereu Ramos, Padre Roma, Pinheiro Machado, Pixinguinha, Prudente de Morais, Quintino Bocaiúva, Rangel Pestana, Rui Barbosa, Saldanha Marinho, Silva Jardim, alguns dizem Tirandentes, Teófilo Otoni, Ubaldino do Amaral, os Viscondes de Albuquerque, Inhaúma, Uruguai, Itaboraí, Jequitinhonha, Rio Branco, Washington Luís, Wenceslau Brás, etc. 

            A partir da implantação da República, as Forças Armadas, principalmente o Exército Brasileiro, passa a funcionar como uma espécie de Poder Moderador, antes exercido pelo Imperador, na complexa engrenagem institucional da República.

            Assim, enquanto o Exército ganha ascendência institucional, a maçonaria vai perdendo o seu papel de ator político, principalmente a partir da Revolução de 30, ganhando, em contrapartida uma ascendência moral sobre a agenda substantiva do país nas áreas cultural e social. Finalizada a consolidação do Estado brasileiro, a maçonaria deve agora ajudar a sociedade nacional a implementar as instituições indispensáveis ao pleno exercício da cidadania. A vertente cultural deverá ser, daqui por diante, um dos loci da reflexão e da atuação maçônica no Brasil. A construção cultural e a luta contra as desigualdades gritantes tomarão conta do espírito maçônico nos próximos anos.

            Nos últimos tempos, creio, os maçons terminaram a sua fase que chamo de juscelinística, ou seja a construção dos templos pelo país afora. É chegado o momento de melhorarmos o conteúdo do “homo latomus” preparando-o para exercer, cada vez mais, um papel de escol nesta senda do terceiro milênio.

            O desafio interno, agora, não é mais a construção em pedra e cal mas o trabalho intelectual e de formação de nossos preciosos recursos humanos. Tarefas como, a imersão da ideologia e das propostas maçônicas no meio universitário que se tornou uma terra não-maçônica; o desenvolvimento de pesquisas historiográficas sobre o papel da maçonaria desde o Brasil independente até os dias atuais; o resgaste, numa volta às fontes primitivas, dos nossos rituais, que pecam pelo sincretismo ritualístico; a melhoria no padrão de recrutamento dos novos maçons, buscando os elementos que sejam líderes nos seus diversos campos, são medidas que deverão ser prioritárias nestes próximos anos.

            O desafio é grande, mas temos esperança que a maçonaria brasileira saberá adquirir a sua plenitude cultural neste terceiro milênio, ajudando o país e seu sofrido povo a fazer o desconto histórico tão almejado.

            Devemos ajudar o Brasil a reencontrar as suas raízes judaico-cristãs e renascentistas, ajudando os nossos netos a adquirir a habilidade de recriar, nas suas mentes e nos seus corações, as grandes descobertas das gerações anteriores nas ciências e nas artes, evocando a chama divina que habita em cada um de nós. Uma criança que tenha acesso à música clássica, que possa estudar e apreciar os grandes pintores do mundo, saborear as verdades das grandes descobertas científicas, esta criança, nunca se tornará um drogado pois estará exercitanto a sua criatividade no mais alto grau que a espécie humana poderá lhe proporcionar.

            O mundo que desejamos para os nossos pósteros não será um mundo dominado pelas epidemias, pelas máfias locais, pelos bandos armados, pela barbárie, pelo caos, pela anarquia. O lema maçônico da liberdade, igualdade e fraternidade, já teve pela ideologia de mercado, a hipertrofia da liberdade com as suas distorções do capitalismo espoliador; já teve também, pelas ideologias do comunismo, a hipertrofia da igualdade gerando despotismos execráveis. Falta testar o último pilar da tríade maçônica: a fraternidade. E neste momento a maçonaria terá muito a dizer.

            O Brasil espera que o povo maçônico, tão eficaz nos últimos duzentos anos, concorra, ainda mais, para ajudar o país no seu destino histórico de montar a primeira civilização dos trópicos.